"Sem defensoria, não há cidadania". Esse foi um dos gritos que mais contagiou os movimentos sociais e os defensores públicos na manifestação desta sexta-feira (17/10) na Avenida Paulista, centro de São Paulo.
Aproximadamente 600 pessoas participaram desde o início da manifestação, que teve concentração no vão livre do MASP por volta das 10hs e acabou de frente à Secretaria de Gestão Pública do Governo Estadual, na Rua Bela Cintra, por volta das 14hs.
O ato contou com a participação de diversas entidades e movimentos sociais. Dentres eles: União dos Movimentos de Moradia (UMM), Pastoral Carcerária, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Marcha Mundial das Mulheres, Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Intervozes, Movimento da População de Rua, Central de Movimentos Populares, Vila dos Idosos, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Centro Santo Dias, Favela Pantanal, Comunidade Boqueirão, Instituto Alana, etc.
Os defensores públicos protocolaram um ofício resumindo os problemas da Instituição e pediram uma audiência com o Secretário de Gestão Pública, já que não foram recibidos na ocasião. Nem mesmo o Secretário-Adjunto quis receber uma comissão dos manifestantes. "Há quatro meses estamos tentando negociar mas a postura do Governo é de não dar satisfação", diz Givanildo Manoel, do Fórum Estadual dos Diretos da Criança e do Adolescente, presente ao ato.
A indignação dos movimentos populares durante a manifestação foi expressada tanto no microfone do carro de som quanto nas faixas e cartazes empunhados durante todo o trajeto. "Governo que não respeita a Defensoria, não respeita os direitos de sua população" e "Valorização já" eram alguns dos dizeres dos cartazes.
Já os gritos de frente à Secretaria de Gestão Pública foram mais incisivos como "Serra opressor, responde o defensor" ou "Sem orçamento, não há atendimento".
Ao final do ato, houve concordância com uma próxima reunião das entidades que compõem o "Movimento pelo Fortalecimento da Defensoria Pública" na próxima quinta-feira (23/10). Na próxima terça (21/10), haverá participação dos Defensores Públicos no Colégio de Líderes da Assembléia Legislativa de São Paulo.
A Assembléia Extraordinária Geral dos Defensores Públicos está ocorrendo neste momento e uma decisão sobre a paralisação deve ocorrer até as 17hs desta sexta-feira (17/10).
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